A imprensa mundial passa por um problema muito grave de falta de comprometimento com a verdade.

Há editorias que trocam o verdadeiro jornalismo por acréscimo de faturamento ou ascensão de cargo, mesmo que para isso tenha que fechar os olhos para algumas coisas ou mascarar situações de maneira leviana.

A revista americana PEOPLE fechou um contrato vergonhoso com os atores Brad Pitt e Angelina Jolie.

Pagou U$ 14 milhões para ter a exclusividade da primeira foto dos filhos do casal.

Mas não foi só isso.

Pitt e Jolie incluíram uma clausula no acordo em que a publicação terá que ficar três anos sem escrever nada que os desagrade.

Todo material publicado sobre eles terá que passar por prévia autorização do casal.

Uma aberração, além de absoluta falta de respeito com o leitor, consumidor da informação.

Aqui no Brasil as coisas não são tão diferentes.

Existem programas que fazem “permutas” de benefícios com o entrevistado.

Um claro exemplo foi o programa BOLA NA REDE, apresentado ontem pela Rede TV.

Evidentemente montado para enaltecer o presidente do Corinthians.

Os participantes, comandados pelo péssimo Fernando Vanucci, limitaram-se a sorrir e fazer elogios a Andres Sanches.

Nada perguntaram que pudesse lhe causar constrangimento.

Uma aula de como não se deve fazer jornalismo.

Mas existem muitos outros exemplos por ai.

Muitos jornalistas já me ligaram pela manhã, opinando sobre um determinado assunto e, na maior cara de pau, durante a noite do mesmo dia, em seu espaço de mídia, falam tudo ao contrário do que foi conversado em “OFF”.

Muitos são os interesses.

Alguns de pouca transparência, outros por covardia editorial, que impede os profissionais de expressarem a sua legítima opinião.

É uma situação que precisa mudar.

A falta de respeito com o publico é muito grande.

Hoje o jornalista entra na Faculdade com um ideal e sai dela condicionado a ser robotizado para que possa sobreviver no mercado.

Tudo errado.

Profissionais que falam a verdade e praticam bom jornalismo são preteridos por bajuladores e rezadores de missa, que dizem “AMÉM” ao que não acreditam apenas para ficarem de bem com a maioria.

Por isso alguns poucos que ainda resistem a essa prática merecem todo o meu respeito.

É em vocês que procuro me espelhar.

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