Por ALBERTO MURRAY NETO

Ontem à noite foi o pai de Arthur Zanetti que, no Sports Center, desnudou a condição paupérrima de treinamentos que seu filho enfrenta.

Hoje foi o próprio campeão olímpico que, no Esporte Espetacular, na Globo escancarou a realidade do esporte brasileiro.

Se para um campeão olímpico e mundial já é difícil a vida de atleta no Brasil imaginem para os demais.

É absolutamente revoltante ver que cifras milionárias jorram dos cofres do governo para as polpudas contas do Comitê Olímpico e Confederações e que esse dinheiro não chega a quem deve chegar, aos atletas e seus técnicos.

Aonde vai parar tanto dinheiro, Aldo Rebelo e Carlos Nuzman?

Outro dia lí no jornal a declaração de um cartola de determinada Confederação que 40% do que recebe é gasto na manutenção da entidade.

É muito. De qualquer forma, o que eles fazem com os outros 60%? Os atletas dessa modalidade continuam treinando e competindo no exterior às próprias expensas. Nem uniforme têm.

E essa é realidade do nosso esporte. Aldo Rebelo até parece ser um sujeito boa praça, bom contador de histórias, daqueles que podem encantar em mesa de bar. Mas de esporte ele não entende nada.

Sua participação no Roda Viva e na audiência pública na Câmara Federal foram constrangedoras.

O fato é que o governo loteia ministérios e o esporte coube ao PC do B. Então o Partido põe no cargo qualquer um.

Antes do Rebelo foi o Orlando Silva, horroroso, que saiu em meio aos escândalos do pífio e inútil Programa Segundo Tempo.

E antes do Orlando o deprimente Agnelo Queiróz.

Todos políticos e inúteis.

Carlos Nuzman não está nem aí para a base do esporte. Ele é um dos grandes culpados pela situação de penúria dos nossos atletas e técnicos.

Nuzman não tem interesse e nem coragem de estabelecer com as Confederações uma política de distribuição de verbas que efetivamente cheguem aos técnicos e atletas.

À Nuzman não interessa fazer bem aos atletas, mas contentar Confederações que formam a assembleia geral do COB.

Nuzman é outro inútil, que está pondo em sério risco a continuidade do esporte olímpico após 2.016.

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