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Não só os dirigentes de clubes, mas também o alto comando da Polícia Militar e os promotores do Ministério Público, são absolutamente responsáveis pela sobrevida das facções criminosas “organizadas”.

A indicação de que os estádios devem ter setores com divisão de pessoas, além de locais específicos apenas para alocar os torcedores “profissionais”, atenta contra as Leis vigentes, o bom senso e a isonomia no trato com o consumidor de futebol.

Os ingressos precisam, há tempos, ser vendidos com lugares marcados, em que o cidadão possa ter o direito de saber onde sentará, e, principalmente, o de torcer para quem bem entender.

Cabe a PM dar segurança a quem se comporta com civilidade, não pajear marginais, reservando-lhes, ainda, o direito de setor exclusivo, com ingresso mais barato (culpa dos clubes), e escolta para deslocamento até o local.

Deveria, também, o Ministério Público, em vez de tomar café com lideres dessas facções, exigir que a Lei fosse cumprida, o direito do verdadeiro torcedor resguardado, dando o pontapé inicial para uma mudança de cultura que beneficiaria a todos, e, por consequencia, asfixiaria os que tem por hábito o mal comportamento.

Mas como vender ingresso dessa maneira num clássico como Corinthians e São Paulo, com o clube dando prioridade, por exemplo, ao “Fiel Torcedor” ?

Simples: basta destinar 80% das entradas ao Plano de Fidelidade do clube mandante, e os outros 20% ao mesmo sistema, dos visitantes, porém, sem dividi-los no estádio, tendo todos a opção de comprar e sentar nos lugares em que se sentirem mais a vontade.

Dessa maneira, visitantes com maior poder aquisitivo poderiam escolher os lugares mais caros, e os menos abastados, os populares.

Todos, mandantes e visitantes, com mesmos direitos e deveres, protegidos pela Polícia Militar, com anuência do MP, sem o pavor da nociva convivência com os marginais “organizados”.

Será que é tão difícil realizar o óbvio ?

Ou falta boa vontade, seja por questões políticas ou outras mais, inconfessáveis, que acabam por atrasar a evolução do futebol brasileiro, permitindo atrocidades como as que o presidente do Corinthians, delegado Mario Gobbi, cometeu ao retirar setores confortáveis de um estádio de Copa do Mundo para atender os desejos de quem precisa ser limado de vez das praças esportivas.

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