É prática comum a deplorável distribuição de ingressos para torcedores “organizados”, verdadeiros bandidos, realizada pela diretoria dos principais clubes do país.
No Corinthians, então, se trata de acordo político.
Se a torneira de “benefícios” fechar, seja o dinheiro para o carnaval, os ingressos, com direito a estadia em jogos no exterior e até as propinas pagas para livrar muitos da cadeia, a insatisfação será demonstrada nas arquibancadas.
Ontem, centenas de criminosos dos Gaviões da Fiel viajaram à Bolívia, sem a menor preocupação em justificar ausência no emprego, à custa dos cofres alvinegros.
E, como de costume, diversos crimes foram cometidos.
Assaltaram comerciantes durante o caminho, espancaram outros mais para mostrar “poderio”, até culminar no absurdo assassinato de um garoto de 14 anos.
Todos os que se dizem torcedores, que viajaram para a Bolívia, são absolutamente conhecidos dos atuais gestores alvinegros, que vivem lhes beijando as mãos, e, de joelhos, temem contrariá-los.
Razão pela qual, por ação, medo e omissão, devem ser também responsabilizados pelo triste episódio que vitimou o garoto boliviano.
O Corinthians financiou a viagem de assassinos, tendo conhecimento de quem de fato se tratavam.
E, pior, já enviou advogado para defender os marginais de possível sanção da Justiça local, tornando-os ainda mais cúmplices da bandidagem hoje detida para averiguação do homicídio.
E pensar que o presidente do Corinthians é um delegado de polícia.